domingo, 9 de maio de 2010

Mães

Viemos dos seus ventres ou fomos adotados por seus confortáveis corações. No início ainda sem entender nada sobre o que se passava em nossa volta, desenvolvendo aos poucos habilidades e percepções com o mundo, já notamos sim a falta imediata que uma pessoa em especial nos faz: nossas mães. Dizem que no inicio, ainda bebês, nos percebemos como um ser só. Fantástico! Afinal é deste ventre que viemos.
A dedicação incondicional é unidirecional, pois não damos nada em troca por um bom tempo senão chorosas lamúrias de insatisfação pela falta de comida, de afeto ou o que for. Toda essa dedicação num primeiro momento nos parece algo natural, uma obrigação da natureza. Crescemos rodeados de amor, carinhos, mimos e preocupações de um ser que sempre estava ali, que faz parte de nós.
No entanto, ao crescermos, aos poucos conhecemos um pouco do lado mais perverso e triste da natureza humana, os atos bárbaros de terrorismo, de violência com o próximo. A nossa volta já não é mais aquilo que era, e perdemos as ilusões aos poucos, sob dolorosos pesares que passam diante dos nossos olhos. É somente a partir daí, que reconhecemos que o amor de mãe, não é algo natural. Este amor é algo que transcende tudo o que tem de ruim no mundo e no homem. É este amor que faz sermos melhores, que nos torna capazes de suportar as agruras da vida. Carregamos esta chama de amor, acendida pelas nossas mães, que iluminam os nossos caminhos e nos direcionam sempre para as melhores direções da vida.
O amor de mãe, não é natural, acreditem. Somente quando o perdemos, ou ficamos longe dele, que vemos a falta que nos faz. Sentimos a alma chorar, pois um pedaço de nós parece que morre, e sentimos falta. No entanto, o amor cultivado por este ser transcendental, permanece em nós, perpetuando assim uma corrente que passa de gerações a gerações e ecoa na eternidade.
A esse amor fica nossa gratidão. Saibam mães, que este amor incondicional e todas suas abdicações não foram em vão. Levaremos esta chama conosco para onde for. Nossa vida agora é iluminada por ele. Muito obrigado.

Fernando Wolf

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