No limiar das águas, me despeço
A tensão da superfície é frágil
Bebo da lembrança de um beijo esquecido
Tenho em mim a tristeza de meu banzo
De uma terra de vivaz aquarela
De mares revoltos
Que ora brandos batiam em areias paradisíacas
Agora em fogo de insensatez de um incerto
Há o contento de um dia amar como amei
De sorrir frente à nova peça contida em outros emoldurados
Será um dia o azul tão vivaz quanto o turquesa que me mostraste?
Se trouxer a lembrança, igual nunca será!
Amarei diferente,
Da forma menos distante possível da que me ensinaste certa vez,
Pois é desta que aprendi a amar mais,
É desta maneira o meu novo amor, seu amor.
Fernando Wolf