Escuto o canto dum
sermão
Deste pai rigoroso
Que habita ruidoso,
Os silêncios que fogem de mim
Eis que tropeça o pensamento
Numa inesperada bondade
A abrandar as batidas
Dum coração que até então se desdobrava
Pelo alivio d`alma
A calma...
E por fim a encontra
Nos olhos daqueles meninos
Que carregam sorrisos em seus carrinhos
Lançando-se no mais jocoso de seus afetos
Para depois, ao sinal do sino
Voltarem prodigiosos por seus caminhos
E a água corre de mansinho
Por de baixo de seus pés pequeninos
Num estalar de gotas
Fulgurosas gotas
Gota a gota...
Levam as lágrimas devagarinho
Dos passados que se volatizam em nuvens
Por onde voavam os passarinhos
Lá se ia de volta
A brisa a soprar os cabelos
Num silêncio mágico
Sobre os galhos do meu
ninho
FW