Por vezes, volto a reviver o menino
é um presente dado ao
peito
Sentado naquele velho
balanço de jardim
A viver a inocência de
um amor de altar
que insiste ali, num rumar sem fim
É... já é sabida a
dor do porvir
Mas, veja bem, os
ausentes já não o podem mais sentir
Afinal é um presente ,
não pedido, nem implorado
Pois que mal tem vestir
os retalhos
para afagar o arrepio
da pele,
que desfalece por nada
ter
Ah sim, o discurso em
monólogos incansáveis
de cartas escritas e
guardadas
nunca (!) jamais
enviadas
afinal a mão treme na
vastidão da incerteza
na suspensa beleza
deste velho advir
O usual silêncio, já
não conforta mais
é preciso agora ouvir
aos sonetos educados
de segredos não
revelados
Que fazem emudecer
desampontado
O garoto relembrado,
daquele jardim
A balançar em suas
mais doces desilusões pueris