segunda-feira, 17 de agosto de 2009

O Aluno Fraco


Conversei hoje sobre a importância prática da filosofia com um professor querido meu. Foi uma “conversa de elevador”, porém trouxe-me introspecções sobre os fatos decorridos num presente próximo. Fatos que mobilizaram de mim sentimentos de reprovação.
Esta semana nos passaram informações sobre que foi discutido em um conselho de classe, onde os “staffs” discutem sobre o grupo e sobre cada aluno que compõe o internato de medicina. O grupo vinha mal preparado em conhecimento prático e teórico naquela matéria. É claro, havia alunos que atingiam as expectativas e faziam exceção à regra.
No entanto, no meio do discurso de um professor que dava o “feedback” aos alunos (todos atentos com cara de “será que é comigo?”) veio a frase:
-- Fulana (não citaram o nome) é fraca.
Isso mesmo, fraco, no sentido mais maligno da palavra. Fraco, sem potencial, sem história, sem um coração que bate atrás de um gradio costal. Como uma pessoa pode reduzir um ser a tanto? Desprezou todas as conquistas de um indivíduo até então, todos os sonhos já alcançados e os que ainda ricocheteiam num peito de ideais.
Nem deram a piedade de usar o verbo “estar” definindo um momento da pessoa, um estado. Simplesmente definiram a pessoa como tal, fraca. Despejou tal palavra do alto de sua empáfia julgadora. Empatia? Não! Teria eu que me por no lugar de quem eu nem conheço. Mais fácil é simplesmente julgar aquilo que conheço, uma mera distorção de um ser criado em minha mente pelas minhas limitadas percepções humanas.
Claro que não é a primeira vez que isso vem aos nossos ouvidos dentro de 5 anos e alguns meses dentro de uma universidade e deve ser mais freqüente do que imaginamos. A suspeita é de que isso seja um hábito, e quando um hábito se instala, ele se torna corriqueiro. Não percebemos mais o que falamos. Torna-se um “cacoete verbal”. Cuidado!
Onde que a filosofia se encaixa nisso tudo? Eis que minha introspecção emerge. A filosofia dentre seus diversos papéis, vem para também estimular o pensamento crítico. Crítico não no sentido julgador, de onde mobilizamos todos os nossos preconceitos para ter uma opinião sobre.
Crítico no sentido de, frente a posturas corriqueiras num cotidiano de “gado”, o indivíduo filosófico possa oportunizar-se diferentes visões/perspectivas. Isso dá ao indivíduo maiores possibilidades, maior discernimento sobre suas interpretações de realidade.
A filosofia não serve simplesmente para nos fazer pensar diferente, serve para não pararmos de pensar nunca enquanto nos for possível tal ato. Em qualquer situação imaginável.
Contudo, a evolução sempre vai ser uma opção. Você já fez a sua?

Fernando Wolf

terça-feira, 4 de agosto de 2009

Pensamento do Dalai

“Se quisermos mais sorrisos na vida, devemos criar condições para que eles apareçam."

Dalai Lama

domingo, 2 de agosto de 2009

Por do Sol


Tirado em uma trilha no meio da mata nos morros que envolvem a Lagoa da Harmonia - Teutônia (RS)

Alimento

A felicidade é o pão da vida.
O pão que alimenta só é ofertado quando pedimos.
Se na inércia da vida não buscarmos o nosso pão, nossa alma passa fome.

Fernando Wolf