Deste papel saem palavras de orvalho
Acariciam as flores de um Ipê
Que encantam os olhos e amortizam a retina
Logo abaixo vem a terra e o capim
Molhados pelo néctar da água e do ar
Junto, a sensação ao toque da madeira
Posso sentir o cheiro nas mãos
Os sentidos já me marcaram a alma
Em silenciosos jardins que visitei outrora
Vislumbro a aurora boreal de Ipês
Deito sobre o remanso de um passado longínquo
E descanso sob lembranças com cheiro de mato
Fernando Wolf