quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

Deste papel saem palavras de orvalho

Acariciam as flores de um Ipê

Que encantam os olhos e amortizam a retina



Logo abaixo vem a terra e o capim

Molhados pelo néctar da água e do ar

Junto, a sensação ao toque da madeira



Posso sentir o cheiro nas mãos

Os sentidos já me marcaram a alma

Em silenciosos jardins que visitei outrora



Vislumbro a aurora boreal de Ipês

Deito sobre o remanso de um passado longínquo

E descanso sob lembranças com cheiro de mato



Fernando Wolf

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