segunda-feira, 6 de novembro de 2017



Não, 
Nunca alguém feito
Ou aconchego de um ventre
Sempre um movimentar dos pés
Que desatentos,
Chutam as pedras que vêm à frente
Sem propósito,
Um jogador que não sabe a sua partida
Volta a jogar as peladas no campinho vizinho
Com cheiro de grama na chuva
E acaba por acertar o vidro da janela do condomínio
Que amanha, vence,
E se não pagar,
Empurram mais juros...

Insipiente vida
Ou vida insipiente
Quando em metade das horas, metade de si
Sente que a outra metade já deve ir embora
A que fica quer ir sem demora
A que já foi
Quer voltar ao que restou de outrora

Às vezes, com a os passos insipientes
Penso que voltar já é tarde
E vou ao banco pagar
A vida que decidi (,) por fim
Mesmo sem querer que este fosse seu fim
Um morrer de mim
Na insipiência de qualquer coisa

Deus me livre!
Desta insipiência
De toda arte de se viver
De qualquer um que queira ser



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FW

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