quarta-feira, 19 de novembro de 2014

O velho e o tempo




Um homem depois de certa monta já não descansa por descansar
Ele já sofreu do medo de sua própria história um dia não se firmar
Mas depois de toda glória, toda história, ficou algo para pensar
Se foi daquele ardor todo o verdadeiro fruto a se plantar

Olhando ali para outros tempos aquele homem consegui rever
Que seus mais insanos desejos só o levaram a padecer
Fora o herói de sua firma, o mais materialista daquele alvorecer
Mas quando se debruçava por sua a vida, aquilo já não queria mais ser

A suas pernas fracas agora em águas mansas passeavam num sorrir
A sua gentileza era posta como algo de real a se fazer sentir
O homem tornou-se belo e suas rugas já não o deixavam sequer mentir
Era agora seu único castelo aquele elo sobre o tempo e seu despir

O homem sentia falta da inocência das crianças ao seu redor
Sabia que o futuro era deles e o seu já não lhe pedia o seu melhor
O mundo cada vez se despedia com mais um sol no horizonte a se pôr
O velho agora chorava o seu tempo e clamava: vivam com todo o amor!




FW

Um comentário:

  1. Bom mesmo é me deparar com essas palavras sempre tão belas e tão tocante! Obrigada pelas poesias ou pelos sentimentos!

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