terça-feira, 14 de junho de 2011



Chega um dia a placidez confortante
Onde a luz se faz brilhante e grava na retina
(outra vez...)
Que o amor se faz de água e de pedra
Pois, imagina-se um fim, que não se tem
Sem a indiferença e com a cara desnuda a tapa
Colocamos agora pedras... plúmbeas e duras...
E nas pedras jogadas, se fazem lembradas
As marcas de cada pingo por sobre elas
Dos aguaçais desenhados em rochas ígneas
Que marcaram um dia os nossos corações

É tudo rarefeito ainda...

Talvez um dia ventos soprem a apatia
E os cabelos fluam com a brisa morna
Da indiferença que sopra por sobre os vales
Nas montanhas frias e planas outra vez
Num sempre recomeçar das almas
Um sempre brotar das sementes do junco
Num sempre moldar de águas e rochas
Num perene mundo velho, mundo novo
Talvez um dia...

Fernando Wolf

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