quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

Em minhas jornadas eles sempre estavam lá para me guardar


Criei uma fantástica ilusão hipnótica de que tê-los ao meu lado é algo natural, perene.

Sinto a segurança da disponibilidade de sempre encontrar afago frente às feridas e cóleras de meu ser.

Um sempre, sempre em meu discurso. Que bom se fosse assim, sempre!

Ganho carinhos outros, mas estes diferentes não em qualidade ou quantidade, os afagos são simplesmente únicos em sua essência.

Se disserem que é o sangue, considero simplório por demais.

Como botar em palavras esta sintonia que transcende qualquer explicação psicanalítica.

Amar sim, mas amar seres por amar, da forma mais pura possível.

Será um instinto primitivo de sobrevivência? Pois se for, quão sábia é a natureza!

É ela mãe dos homens que encontra um meio de ecoar um mesmo amor por gerações

Se me amam hoje, me ensinam a amar o amanhã, e com um quê de sorte esse amor será novamente ensinado.

O ciclo se fecha e se abre ininterrupto da forma mais bela imaginável

Por estes, meus progenitores, mesmo quando ao longe, sempre em meu peito,

Sempre um eterno ressoar de um amor incondicional, minha maior herança.



Fernando Wolf

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