Mar que envolve a pele com ternura
Oceano infinito que dorme nas areias de nossos mundos
Nas noites quentes de verão seu perfume vem de encontro ao rosto
Faz-nos caricias que lembram com prazer o que já se foi
O nascer e morrer do seu irmão iluminado o faz ainda mais belo
Hipnotiza até o mais precavido
Só por estar ali, já governas os poemas mais apaixonados
Mar sombrio de águas desconhecidas
Seu horizonte reto guarda seus mistérios
Suas águas são plúmbeas e gélidas, qual o medo em meu peito
Guarda histórias de mágoas e naufrágios já esquecidos pelo tempo
Ora outra engole sem pudor a vida tão frágil
Imprevisível, da placidez a tormenta, muda seu humor
Mostra seu poder sem razão, daí a sua imensidão.
Vejo o mar ao longe, ele me convida a um passeio
Amigável quais outras épocas em que me jogava sem medo nos seus devaneios
Mas tantas vezes já me mostrou sua força
Imprevisível tal qual a vida
O mar que oferta é irmão próximo dum oceano que leva
Perene dubiedade, hora pai impetuoso hora mãe afável
Neste eterno ir e vir
Oceano de imensidão sem fim
Mostra-se também finito ao esbravejo de suas ondas
Ao te mirar, vejo a vida como é
E ao banhar-me em suas águas me sinto vivo
Vou ao mar, vou à vida, sinto sua fúria
Mar, ó mar, me leve a portos que eu desejar
Mas se me desejares outros destinos, que sopre minhas velas sem exitar
Ao menos estarei em algum lugar, não só a te admirar
Ao menos saberei que fui ao mar.
Fernando Wolf
sábado, 25 de dezembro de 2010
segunda-feira, 20 de dezembro de 2010
terça-feira, 7 de dezembro de 2010
Por que tão dura és, sua tez
Quando tão bela és, sua alma
O amor tão inocente aguarda seus sorrisos indecentes
Lembro dos seus olhos recitando poemas de doçuras
Quão nostálgica é alegria da infância
Eram as maçãs de seus olhos minhas,
Minhas brincadeiras, suas doces gargalhadas
O mundo mostrou já que pode parecer repleto de ascos
O dia pode nascer cinza por vezes
Mas minha cara, você é rara
De você pode nascer de novo,
Um amanhecer de risos e afagos por vezes esquecidos
Mas que se quiseres lembrar
Basta olhar o seu caminhar
Lá estamos, felizes, mirando o horizonte...
Fernando Wolf
A minha irmã Natália
Quando tão bela és, sua alma
O amor tão inocente aguarda seus sorrisos indecentes
Lembro dos seus olhos recitando poemas de doçuras
Quão nostálgica é alegria da infância
Eram as maçãs de seus olhos minhas,
Minhas brincadeiras, suas doces gargalhadas
O mundo mostrou já que pode parecer repleto de ascos
O dia pode nascer cinza por vezes
Mas minha cara, você é rara
De você pode nascer de novo,
Um amanhecer de risos e afagos por vezes esquecidos
Mas que se quiseres lembrar
Basta olhar o seu caminhar
Lá estamos, felizes, mirando o horizonte...
Fernando Wolf
A minha irmã Natália
quinta-feira, 2 de dezembro de 2010
Em minhas jornadas eles sempre estavam lá para me guardar
Criei uma fantástica ilusão hipnótica de que tê-los ao meu lado é algo natural, perene.
Sinto a segurança da disponibilidade de sempre encontrar afago frente às feridas e cóleras de meu ser.
Um sempre, sempre em meu discurso. Que bom se fosse assim, sempre!
Ganho carinhos outros, mas estes diferentes não em qualidade ou quantidade, os afagos são simplesmente únicos em sua essência.
Se disserem que é o sangue, considero simplório por demais.
Como botar em palavras esta sintonia que transcende qualquer explicação psicanalítica.
Amar sim, mas amar seres por amar, da forma mais pura possível.
Será um instinto primitivo de sobrevivência? Pois se for, quão sábia é a natureza!
É ela mãe dos homens que encontra um meio de ecoar um mesmo amor por gerações
Se me amam hoje, me ensinam a amar o amanhã, e com um quê de sorte esse amor será novamente ensinado.
O ciclo se fecha e se abre ininterrupto da forma mais bela imaginável
Por estes, meus progenitores, mesmo quando ao longe, sempre em meu peito,
Sempre um eterno ressoar de um amor incondicional, minha maior herança.
Fernando Wolf
Criei uma fantástica ilusão hipnótica de que tê-los ao meu lado é algo natural, perene.
Sinto a segurança da disponibilidade de sempre encontrar afago frente às feridas e cóleras de meu ser.
Um sempre, sempre em meu discurso. Que bom se fosse assim, sempre!
Ganho carinhos outros, mas estes diferentes não em qualidade ou quantidade, os afagos são simplesmente únicos em sua essência.
Se disserem que é o sangue, considero simplório por demais.
Como botar em palavras esta sintonia que transcende qualquer explicação psicanalítica.
Amar sim, mas amar seres por amar, da forma mais pura possível.
Será um instinto primitivo de sobrevivência? Pois se for, quão sábia é a natureza!
É ela mãe dos homens que encontra um meio de ecoar um mesmo amor por gerações
Se me amam hoje, me ensinam a amar o amanhã, e com um quê de sorte esse amor será novamente ensinado.
O ciclo se fecha e se abre ininterrupto da forma mais bela imaginável
Por estes, meus progenitores, mesmo quando ao longe, sempre em meu peito,
Sempre um eterno ressoar de um amor incondicional, minha maior herança.
Fernando Wolf
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