Movo meu crânio e vejo-o tomando formas
Agito essas formas por ai
Vejo de dentro do crânio as reações frente ao meu crânio
Interessante movimento de carne e pele envolvente
Um dia atraente no outro descontente
Sigo sempre, levo meu crânio a passear
Vêm tempos modernos e meu crânio se expande
Tenho crânios fragmentados em todo um mundo
Tenho paixões que minha carne e ossos nunca tocaram
Tenho e não tenho
Desfruto o ar que bate na minha fronte e a endorfina que desfalece em meus neurônios
Quem pode estar, está ao longe tão perto
Fantástico mundo novo,
Virtual a mim e a meu crânio
Dilacera meu ser que há de ser mais um fragmento de um todo
Um todo global, um ser só, um milhão de crânios, um zilhão de tudo.
Fernando Wolf
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