terça-feira, 13 de julho de 2010

Estimada sede

Em um lugar longe de mim,
Num poço reservado do mundo
Anseio por não chegar lá,
Mas a sede é insaciável
Já é hora de voltar
Quando vejo a minha alma já chora
Só que desta vez, a sede não me devora
Simplesmente a contemplo
Admiro-a de dentro de meu ser
Sedento eu continuo,
Porém, caro amigo,
Já não há mais água para inundar minhas lágrimas
Vago em busca de algo...
Algo que não faça lembrar os pedaços de meu ser
Mesmo que não ache, ainda terei a sede
Esta, sempre comigo
Num eterno advertir
Que atinge com menosprezo,
A placidez de minha bonança.


Fernando Wolf

Um comentário: