segunda-feira, 2 de novembro de 2015





Por quantas vezes já sentei frente a ti
Em diferentes versões de mim
Com emoções mescladas a teu horizonte
Senti toda tua infinitude
Sufocar a minha pequenez
E tu te colocastes indiferente
Pois como eu,
Também já fostes diferente
Muitas vezes, vezes demais
Ora em tormentas,
Sem esmorecer, sem medo algum
Ora refletindo o sol
Em espelhos de água e luz

Faz-te imponente e dominas tuas formas
Que se vão junto a qualquer esperança
E nem sequer te comoves
Apenas te moves e te recolhes
Para depois novamente,
Em um movimento natural e corrente
Avançar por sobre tuas areias
Às razões de tuas luas

Quantos de nós já vistes sucumbir
Ou simplesmente encher aos olhos do teu salgado
Por simplesmente se perder no tempo
Que a ti também passa e passou
Mas, sempre mais forte continuas ali
Indiferente...
E mesmo assim, belo
Efêmero belo

Meu mar...

Guarda contigo tua história junto com a minha
Pois agora me vou
E um dia também te vais
Mas quero que saibas que comigo ainda te levo
E antes de qualquer morte,
Com certa sorte, espero rever-te
Talvez num verão de janeiro
Em areias diferentes das minhas e tuas
De coração em paz
Ali,
O teu horizonte
Sem mais




Até breve



FW 

Nenhum comentário:

Postar um comentário