domingo, 12 de julho de 2015

Amay




O que sentir desta mulher que oferece com as mãos um punhado fresco de manjericão
E imortaliza em terras imersas do seu amor,
Num breve ciclo de sálvias
Doces memórias contornadas por flores roxas de alecrim


O que pensar desta mulher que guardo em mim
Que perfuma os caminhos por onde passam os seus pés delicados
Em passos embalados por ventos que atravessam os campos
E que trazem-na, em cunita, aos braços meus


O que amar de ti senão os verbos dos teus olhos de relva serena
De onde vertem águas puras com poder duma cura
De qualquer flor que se faça triste no meu jardim

A esta mulher nada mais do que o meu amor,
Que ofereço em mudas de flor, terra e capim
Para que possamos cultivar os mais simples sonhos
Neste horizonte sem fim.



FW


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