quinta-feira, 8 de janeiro de 2015

Fogo





Como o vento que soprava brasas
Perguntava-me o incerto
Se poeta seria...

Respondia à luz do dia
Que não bem o sabia
Mas tinha na casa de meus avós
A força de repostas seguras
Guardadas atrás do portão

A poesia que me vem soprar ao ouvido
Compõe a fórmula de minha antiga alquimia
E reacende um fogo que arde
A me iluminar em sua imensidão
Esta tinta que sai em grafia do coração
Que galopa afoita sobre o chão de versos, diversos
Vindos lá da lonjura do incerto
Que aos poucos se aproximam do que tenho de mais perto
O amor a vida
Sim!
Um amante dela me tenho por certo
E portanto,
Poeta não bem o sou
Pois bem o que sou

Um não repleto 
Que escreve ao seu grande amor

FW

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