sábado, 6 de outubro de 2012

Paz da manhã






Quando vêm a fervura em caldeira de vinho
Sê o orvalho dum cacho de uva 
Em manhã serena de domingo
Onde os pássaros de cantos harmonizantes
Afugentam para os rios a neblina das parreiras
E lá ao fundo em construções de pedra
Pode-se ouvir um pequeno povoado da terra
Cantando cantigas de louvor
Que arrepiam ao espírito constrangido
E que na paz dum silêncio sorrateiro
Vem a luz por sobre os morros
Em amálgama à esperança de todos
Que esperam pacientes um vinho bom
Que por agora descansa calmo
Na potência das uvas molhadas
Sob o sol da primeira manhã



Fernando Wolf

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