quarta-feira, 25 de julho de 2012

Mantendo a casa limpa




Vivemos em uma era de "narcísos" e seus carros. As pessoas – inclua-se você e eu - atrapalham-se em diferenciar seus personagens montados ao que realmente são. E para fugir de tal ilusão, o policiamento deve ser intensificado. Para tal, de nada vale a represália aos defeitos, pois mais efetivo é o engrandecer das virtudes.
Contudo, o porquê de vivê-las deve ser verdadeiro para o “eu”, deve ser engolido e digerido. Do contrário, caímos noutra ilusão de querer provar a outrem de que temos uma camisa mais bonita do que realmente é. Ou tentamos vender de forma forçada a nós mesmos que este alguém comprado – a traduzir definitivamente o que não somos – pode substituir nossa real essência.
A virtude deve ser buscada nos redutos mais profundos do ser. Ela está lá, em algum lugar de nós, nos momentos em que é admirada em outro alguém. Preste atenção... escute... Enfim, os outros são belos espelhos de nossas almas.
Então porque não desenterrarmos as virtudes de onde estavam resguardadas e trazê-las à tona ao nosso hábito?  Uma tarefa de diarista que, todos os dias, lava a casa suja de poeira da estrada. O trabalho deve acabar um dia – na aposentadoria da vida - mas até lá vale a pena manter a casa mais limpa o possível. Afinal é o reduto mais precioso que temos.
Metáforas à parte, ficam aqui frases que fizeram a semana pensativa e complementam a ideia central:


“It used to be about trying to do something. Now it's about trying to be someone” Do filme “A dama de ferro”, da fala de Margaret Thatcher a uma de suas admiradoras da nova geração. Tradução: “Costumava ser sobre tentar FAZER algo. Agora é sobre tentar SER alguém”


“Torne-se comum e você será extraordinário; tente se tornar extraordinário e você continuará sendo comum.” Osho



Fernando Wolf


Fonte foto: http://www.mmforsberg.com/blog/page/2/

2 comentários:

  1. Ótima reflexão Nando! Faz pensar muito sobre nossos valores...

    Me fez lembrar um texto bastante conhecido de Arnaldo Jabor:

    (...) Abaixo o “TER”, viva o “SER”. E viva o retorno da verdadeira vida, simples como a chuva, limpa como um céu de primavera, leve como a brisa da manhã! E definitivamente bela, como cada amanhecer. Quero ter de volta o meu mundo simples e comum. Onde existam amor, solidariedade e fraternidade como bases. Vamos voltar a ser “gente”. Construir um mundo melhor, mais justo, mais humano, onde as pessoas respeitem as pessoas. Utopia? Quem sabe?… Precisamos tentar… Quem sabe comecemos a caminhar transmitindo essa mensagem (...)

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  2. Que vivamos esta "utopia" enquanto nos ainda é tempo. Obrigado, pelas palavras!

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