Menina!
Naquele dia eu conheci a distância entre a gente
Vi teus olhos azuis transparentes ainda inocentes
Eles refletiam os meus, descrentes, de tempos a mais
Ei menina,
Contava-te lances envolventes, mas meus dentes
Estes já não enganavam nem mesmo ao mais sagaz
Mostravam tristeza pelos véus que a tapas e socos
Foram caindo aos poucos
Mas não desanime,
Se tu tens as feridas ainda tão certas
Veja em minha face as cicatrizes cobertas
Pois fique tranquila,
Isso também um dia, vai passar
Eu sei!
Tu me falas que nunca mais ficará com outro cara
Mas teu coração ferido ainda terá um dia sua fala
Felizes e belos perfumes de beleza,
Que também, acredite, vão passar...
Ora entenda,
Que não sou um alguém triste como dizes
E nem tu deves o ser, minha pétala alva e delicada...
Dispas as tuas nobrezas e tenhas certeza
Que o teu coração voltará a respirar
Minha cara,
Tenha certeza da tua beleza rara
Que não repousa só em tuas vestes
Mas vos acompanha em tua bela morada
A ecoar na fluidez de tua alma
Pois venha!
Venha comigo agora, vou botar-te a dormir
Contar-te uma história afável e mansa
Para que durmas tranquila em tuas lembranças
E sintas no nascer do sol, um novo regozijar...
Eu beijo tua fronte
E por novos caminhos sobrepostos
Sem olhar para trás,
Eu sigo por entre portas distantes
E despeço-me de minha luz
Adeus,
Com a tua mocidade branda
Recoste agora o teu rosto sobre as mãos
Que acariciam todos os teus dons
Durma agora por sobre
O suave destino que te guarda
O suave destino que te guarda
Fernando
Nenhum comentário:
Postar um comentário