sexta-feira, 4 de novembro de 2011



Talvez quando não houver mais nada para escutar, se acabe de uma vez o meu escrever
Talvez quando tudo que já gostei e amei se for e nem da dor eu mais sequer dispor
Talvez eu não mais sinta a nostalgia da mente, num engolir d`água sem o sentir de seu sabor
Neste dia o pêndulo dum tempo eterno se fará estático, nem o bem nem o mal hão de ali jazer
Talvez a vida neste ponto faça-se recolher e eu já me coloque em nirvana sem pranto nem canto
E o nada se fará grito até que meus ouvidos nada mais possam escutar, senão àquela voz,
A voz do todo, a voz do meu silêncio...

Fernando Wolf

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