Se o destino se faz conectado,
O significado é acolhido em pretéritos peregrinados
No sentir alguém, o ver de todo o sentido
Potente tornam-se os caminhos ainda enrustidos
Ao lembrar um bem que já se foi, presente...
Ali sempre, o amor esculpido das almas inocentes
Pois em vão as valsas nunca tocarão
Ao som da vida, o bailar dos encontros se dão
O destino toca o âmago de cada ser
No morrer, o continuar da coreografia a envolver
Pois em universos maiores junto ao todo
Dá-se a amálgama de todas as almas em seus engodos
Tudo, no todo, se faz rio montanha abaixo
Mudo, mutável, num sentido, o todo inevitável
Bom e belo seria se, sem medo
O mundo se pusesse em desapego
Num contemplar da pureza das borras de café
Sob o aconchego da face nas linhas das mãos, da fé...
Bom seria chorar, mas enfim, não lamentar
Bom seria entender que o nosso destino, é ser...
Sê todo! Sê corpo, sê instrumento da tua alma
E não a faça escrava de um corpo tolo
Aconchega em teu EU o que nunca nasceu
Nem sequer um dia, já morreu...
O que se faz sempre eterno e real
Não pode ser ignorado por ilusão tal
O que se faz grande e infinito
Não pode ser substituído por nossos gritos
O efêmero é vida e vão
Deixemos à alma o dar do nosso pão
Fernando Wolf
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