quarta-feira, 14 de setembro de 2011


Sou um louco...
Louco insensato louco
Destes de alma ainda pura
Que atendem às vergonhas duras
Dos males duma mente escura
Que nada sabe sobre o amor
Por toda tua dor, por agora
Deixe-me, meu Deus
Me deixe...


Louco!
Seu louco desvairado louco
Deixa-me completamente doida
Faz-me bela e sem espera
Despede-se do que há dentro de mim
Sem fim,
Ficamos neste inferno, o despedir eterno
Desejo incontrolável do teu cheiro
Ó meu bem,
Deste jeito não mais quero!
Deixe-me
Só desta vez...
Me deixe!


Sim um louco
Belo exemplar singelo
De nada do que há no castelo
Um príncipe de araque, um Otelo!
Joga com brilhantes o teu jogo
Pois sabe que não passa de um tolo
Que acredita naquela que já não mais espera
O seu louco,
Sim um louco...


Meu louco
Irresistivelmente insano
Proclamo,
Tu já não és mais toda prata
Que enfeita as minhas serenatas
Meu tolo, meu amado tolo...
Por agora,
Saia desta alma que infestas
De amor os desejos deste adorno
Aqui no seu bem já não mais resta
Nem sequer um beijo meu
Adeus

Ah um sufoco!
Nem sequer sinto mais meu rosto
Minhas vestes ardem no meu corpo
O chão dói com todo desgosto
Já era tempo,
Longe deste ventre que ainda treme
Levo só o que resta desta festa
A dor mais doce do teu
(do meu)
Adeus...

Adieu ma chérie...
Au revoir pour toujours





Fernando Wolf

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