Fite o desespero e mire o precipício
Sua fronte transpira e seu peito treme
O vazio assola e lembra o buraco da alma
Mas insisto! Se tiveres alguma coragem
Agora é tua vez de usar teus punhos
Pegue tua dor, abra tua ferida mais uma vez
Encare-a como um homem que sangra
Mas nunca curve tua espinha qual covarde
Seja o que for, olhe nos olhos e deixe-a
Mostrar-se imponente e infinita
Admire o sofrimento com teus olhos
Talvez descobrirá no teu âmago algo
Se enfrentas agora a tua lástima de sangue
Com cicatrizes no dorso, continuarás
Quando a escara arder por sobre a pele
E já cansado o corpo insistir em desfalecer
Ali encontrarás teu alento, por Deus...
Tuas lágrimas são teu forte maculado
Mire o vazio negro e não hesites
Teu coração irá desabar junto ao mito
Com o que restar forjará tua muralha
E em outras trincheiras teu corpo
Em paz e nostalgia novamente repousará
Seja o que for, olhe nos olhos do desespero
Tua dor agora enfrenta outro homem
Que nunca pensara ser capaz de o ser
Tem contigo no peito a cicatriz viva
Que rasga as entranhas e dilacera o corpo
Escute a música, escute só mais uma vez
E lembra a tua lástima, ela sempre lá...
Por outros caminhos enovelados pelo tempo
Um caminhar de um homem e seu fardo
Que de joelhos nunca mais se colocará
Escute a música... enamore-se com sua dor...
"Das explosões faço meu lar
ResponderExcluirAvisando às chamas
Que a minha paz pertence a mim e mais ninguém.
E ao fogo, ordeno:
Vem me envolver, e devolver ao diabo a fúria que não me cabe mais ter.
E a finais felizes poder afinal pertencer.
Se versos velhos já não são saída,
A gente acha outros pra cantar, e namorar com a vida."
(O Albatroz - Calvin)
Lembrei de você quando escutei essa música (não a melodia em si, a letra).