terça-feira, 1 de março de 2011

Verde aquarela

Mosaicos fluidos de aquarela

Permeiam as curvas dos seus seios

As flores de um jardim sereno

Lambem o colorido das suas janelas

Vidros verdes adocicados por mel

Já em outras vidas trouxeram-me o céu





Musa alada apresenta-me o néctar

Tem o cheiro de lavanda do campo

De noites mal dormidas,

De aventuras de corações dançantes

Sob a majestade prata, a luz do luar

Tira meu sono, faz do amor meu mar





Brincadeiras negociam meu calor

Os desvaraidos invejam seu caminhar

Que em transe, joga besteiras no infinito

Arranca meu sossego, procura minhas insônias

Dançamos como dois aprendizes do amor

À melodia que rege, sem pressa, seu esplendor





Sempre amada não conheces o distante

Ao perto conheces a flor que desabrocha

E o cheiro das pétalas perfumadas da boca

À luz da companhia da pele sua

Ao longe descobres o cravo em seu covil

Que de amor por ti, triste sob a terra, se viu





Alegrias meus olhos choram por rever

A terras que me façam íntimo de teu ventre

Verte novamente do peito minha magia

Ao fim da noite, com a rosa mais uma vez

Desfaleçe em ternura sua cabeça em meu peito

Se um dia morrer, quero que seja deste jeito...



Fernando Wolf

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